segunda-feira, 26 de abril de 2010

A desumanidade do abandono

Quando a época balnear chega, com ela vem o sol, a praia, o descanso, enfim uma série de comodismos que todos os seres humanos gostam, especialmente na companhia dos seus animais de estimação. Infelizmente há quem não sinta o mesmo, existem pessoas cuja palavra férias significa arranjar uma solução para os seus fiéis amigos de companhia, e quase sempre muitas destas pessoas optam por uma decisão fácil e eficaz: O ABANDONO. Embora esta decisão seja a mais incorrecta, faz parte da realidade e vemos cada vez mais animais abandonados durante o período das férias. Mas este problema não se resume apenas ao simples e horrendo facto do abandono, pois projecta-nos para problemas mais graves, começando logo pela exposição dos animais a ambientes completamente diferentes do habitual. Estes novos ambientes despertam nos animais os seus instintos naturais básicos, o que leva as pessoas a pensar “ele vai conseguir sobreviver, é da raça x e eles conseguem”. O que a maioria das pessoas não sabe ou se esquece é que, apesar dos animais terem esses instintos nos seus genes, não significa que se adaptem com êxito pois não foram ensinados a ser independentes, ou seja, como por exemplo, não foram ensinados a caçar pelos progenitores. Normalmente são criados num ambiente familiar desde bebés o que os leva a não precisarem de desenvolver os seus instintos. Depois ainda vem o problema das possíveis epidemias a que ficam expostos. A maioria dessas epidemias é transmissível, quer aos animais quer ao ser humano. Também é importante lembrar do trabalho que muitas pessoas têm ao auxiliarem os animais abandonados, dando-lhes abrigo, comida e até carinho voluntariamente. Estas pessoas conseguem organizar a sua vida e arranjar tempo para cuidar dos indefesos animais que lhes aparecem à porta.

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